sábado, 4 de outubro de 2008

Quero-te mas deixo-te ir

Deixar-te ir é acreditar que possas voltar um dia na bruma, no olhar do sol a pôr-se, numa gaivota que paira num oceano revoltado de ondas e marés desorganizadas.
Deixar-te ir é Amar-te.
Diexar-te ir é olhar as estrelas e ter saudades dos teus olhos.
Deixar-te ir é ver a lua e sentir a falta do teu abraço.
Deixar-te ir é sair de casa ouvindo histórias de tempos longínquos e querer a Nossa história.
Querer-te é suportar uma lágrima.
Querer-te é admitir uma tristeza de alma.
Querer-te é aprender a Amar, é aprender a descobrir-me e a descobrir-te nesse labirinto em que estamos perdidos um do outro.
Querer-te é ser preserverante comigo.
Querer-te é acreditar num desígnio meu e teu.
Querer-te é deixar-te ir.
Querer-te é sorrir enquanto cai uma lágrima.
Deixar-te ir é querer perder aquele sorriso molhado e aquele olhar que cheira a eucalipto.
Saber deixar-te ir é percorrer um jardim de rosas com sabor a canela em que não sabes onde entraste nem tao pouco como sais daí. E quererás tu sair daí? E Eu?
Eu saio, saio arrastada por uma onda, que vai invadir a areia no momento em que a palavra 'motivação' será uma realidade nessa utopia que é esse jardim sem rosas e sem sabor a canela, pois apenas e só os teus lábios sabiam a canela e a malagueta.
Num momento percebo que tenho de deixar-te ir e sei que terá de ser um acto de coragem, de liberdade e aceitação, momento esse após o instante em que a minha alma percebeu que as estrelas dos teus olhos me esvaziaram de ar e me fizeram ficar perdida, mas cheia de um elixir de eternidade.
Deixo-te ir e deixo-me ir.
Quero-te e quero-me.

SementinhaMenina
4-Out-08

1 comentário:

O QUATORZE disse...

Boa Noite
Por vezes dou uma volta por blogs, parei e comecei a ler, gostei e tem muitas imagens, depois voltarei para ver as antigas se pernitir,
Comprimentos
LUIS 14