sexta-feira, 12 de junho de 2009

Amanhã não sei o que virá.
Hoje nao sei o que é.
Do ontem, não sei o que foi.
Sei que já não é possível manter o 'piloto automático' que mantivemos até agora, que não podemos continuar a guardar o fogo no alto, ele tem que descer, pelos rios das arestas que nos compõem.
Já não é possível esquecer.
Já não é possível ignorar reconhecer o que está em baixo como forma de actualizar o que está em cima.
A 'besta' que somos, o divino quenão somos, onde erramos, onde estamos, de onde viemos e para onde vamos...
Como poderemos nós olhar para tudo isso se não queremos ver?
Como poderemos nós mudar tudo isso se não queremos dar-nos ao trabalho?
Como poderemos ser mais se não queremos aceitar?
Como poderemos nós aceitar senão fechamos os olhos e nos deixamos sufocar por momentos na clarividência da água, do que mais puro há? Da Eternidade?
Como reconhecemos se nos estamos a afogar em águas estagnadas, em areias movediças, ou se tudo isto faz arte de um caminho que só é possível arrancando bocados de alma e reestruturando infra-estruturas?
Uma casa com alicerces podres acaba, sempre, por ruir... Comecemos...

SementinhaMenina
19-5-2009

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